No balanço do buzão 
No fungado da sanfona 
O que atrapalha e o braço da poltrona 

No fundo do buzão 
Eu queria, ela queria 
Mas tinha um braço dizendo que não podia 

Esse braço não tem dedo 
Esse braço não tem mão 
Não e braço de viola 
Nem braço de violão 
Não e braço de rio 
Nem braço de assombração 
Não era o brãco meu 
Nem era o braço da dona 
O que atrapalha eu abraçar a minha dona e o braço da poltrona 

gente se virava 
Mudava de posição 
ainda controlava quem ficava de bição 
Associados no chamego e na paixão 
Vi a janela a nossa televisão 
Fazendo amor em terceira dimensão 
So eu e minha madona 
O que atrapalha eu abraçar a minha dona e o braço da poltrona 

Chegando em casa 
So eu e minha madona 
Fomos pro quarto, mas estava uma zona 

Ela quis ir embora 
Eu disse: não me abandone 
Pois quando a gente ama 
Não precisa ser na cama 
Ela chorona ja partiu para o abraço 
Não dei um passo e o mormaço veio a tona 
já que não muda a pisada da sanfona 
Nós acabamos ficando no braço de outra poltrona